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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Tambor


Deitada no chão de pedrinhas velhas
Olho por cima do meu peito nu e com frio
Na noite que passa ligeira
Na estrela sozinha no céu
Meu peito tamborila
Tum tum tum
E adormeço com essa batida
Canção de ninar dentro de mim
Foi a última vez que ele bateu
Foi a primeira vez que o percebi dentro de mim.


Carolina Morais

16 comentários:

  1. Nunca é tarde... e as pedrinhas? Sempre acho que dizem tanto, sendo velhas, então, nem se fala.

    Ai que poema bonito de doer.

    Beijo.

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  2. As pedrinhas velhas ainda quicam no lago como as novas.
    As batidas de um coração velho também ainda são batidas.
    Uma espera por um rufar dos tambores.

    Beijo.

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  3. Carol, que lindo, que imagens lindas, de pedrinhas velhas a canção de ninar dentro de mim...


    beijo grande

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  4. Publiquei no meu facebook uma parte deste seu poema, com os devidos créditos, claro.

    Beijinho, linda.

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  5. Carollll, minha lindaaaaaaaa!
    Quanta saudade de você, dos seus poemas, dessas lindezas que só vc sabe colocar pra fora!
    Lindo texto por sinal minha amiga.

    E você, mora no meu tum tum tum, num lugar muito especial!

    Obrigada por existir!
    Um beijo!

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  6. Ó Carol, a tua sensibilidade é estonteante. Já falei que amo as tuas onomatopeias?

    Beijos querida!

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  7. Maravilhoso Carol,palavras expressivas que denota sentimentos profundos.
    Adorei minha linda.
    Vc me perdoe pela demora mas estou montando outro blog e estou tentando colocar em ordem.É só para guardar as lembracinhas que eu recebo pq o meu outro estava muito pesado muitas pessoas ñ estavam conseguindo entrar.
    Beijos minha flor.

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  8. "Canção de ninar dentro de mim"
    Muito bonito este verso, muito bonito o poema.
    A gente tem tudo dentro e fora, né? É só deitar um pouquinho em pedrinhas pra saber o quão grandes de rocha somos.
    Um abraço!
    Carolina.

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  9. Nossa! Só mais uma coisa: adorei o negócio dos peixinhos!

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  10. Boneca...

    tum, tum, bate coração,oi tum, coração pode bater....
    lembra dessa música?

    Aproveita, não é sempre que se escuta o coração.

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  11. Wal,
    que emoção esse teu comentário! É tão bom quando você vem aqui. Sinto que te recebi na minha casa!
    :)

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  12. Despertou o coração...
    dentro do teu peito
    pleno de emoção
    vai nascer outra canção...


    Beijo
    AL

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  13. Carol.. sempre Carol...

    Ainda bem que existem pessoas que podem ouvir o tum tum tum do coração.. por que hoje como o mundo se vai não conheceremos mais isso...

    Belas palavras..

    beeeijOdalua!

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  14. Lara: acho uma honra tão grande você elogiar o poema assim! Obrigada. Significa muito para mim! Um beijo

    Márcio: Sempre, né? Tudo continua igual, mas difernte...será? Um beijo

    Patrícia: que bom que gostou! Um grande beijo

    Sil: Lindaaa de viver você! =) Já passei lá nas apas. Beijo

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  15. Sarah: que bom que amas as onomatopeias! Que bom que gostaste do poema! =)

    Pérola: Nem se preocupe! Eu já vi lá, seu cantinho está um arraso! =)

    Carolina: Que legal, eu adoro os peixinhos. Tinha umas tartaruiguinhas, mas elas erma lentas demais e eu ficava nervosa! rsrs

    A.S: Que lindo. Que sensibilidade!

    Ludmila: Que bom que gostou!Um grande beijo

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  16. A primeira coisa que me atraiu no teu blog foi a delicadeza presente nele todo, principalmente na tua escrita, evidentemente. Ia comentar no texto acima também, mas, como não sou poeta, preferi apenas ler e me deleitar como um leitor comum.

    Meu psicanalista diz que, quando crianças, deitados com o ouvido no peito da mãe, identificamos o som de seu coração (afinal, ouvimos sua cadência e timbre por nove meses) e, com isso, inconscientemente sentimo-nos mais seguros para adormecer. Tá vendo? Não tenho poesia nem para comentar um texto lindo como o seu.

    Vejo na sua poesia uma canção de ninar quase como um réquien, prenunciando o fim de uma penosa existência. Bonito demais.

    Vou seguir teu blog.

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"Sou demasiado orgulhoso para acreditar que um homem me ame: seria supor que ele sabe quem sou eu. Também não acredito que possa amar alguém: pressuporia que eu achasse um homem da minha condição."
Nietzsche