Seu primeiro suspiro de vida
saiu de um forno frio.
Os passos sao lentos
em eterno degage.
Pernas longas e fortes
fincam na terra seu peso.
E o peso pesa no corpo cansado.
O rio que passava por aqui
levava uma flor perdida na correnteza.
A menina girou girou girou
e tossiu pedrinhas escondidas
no infinito
de um teto de vento meio cinza
meio dela
meio dela
meio eterno.
Carolina Morais
4 comentários:
meio tudo, inteiro todo...
muito bom
volto
Um quê de surrealismo, adorei! Um dos melhores que já li seu. E com Degas acompanhando, então...
Beijo.
Meio dela
mei cinza
meio eterno
Carol que demais, entendo tão bem que nem preciso explicar.
Adoro essa sua cabeça descompromissada de tudo, apenas vinculada a teu coração.
e quando falas de poesia, mal sei dizer o que pensar...
daqui a pouco vou sair e tentar tossir pedrinhas no infinito...
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