Wanderer above the Sea of Fog* by Caspar David Friedrich (Germany, 1818) |
Amo e depravo sentimentos doidos
Abro portas trancadas pelo tempo
Subo vagarosamente a escada rumo ao céu
Sou anjo novo sem voar
Flutuo no vão dos pensamentos novos
De mãos dadas com a vida vã
Vou ver o horizonte lavando o mar
Passadismos azuis
colorem minha parede de metal
O frio embarca comigo
Vamos juntos pelos campos abertos
O vento caminha ligeiro
dançamos uma valsa longa
Respiro novamente um ar frio e puro
De maresia tingida de perfume cítrico
Hoje sinto meus pés quase tocarem o chão
e cada grãozinho de areia
que banha meus dedos calejados
Lembram meu passado e meu presente
e o que serei um dia longe desse lugar imaginário.
Carolina Morais
* Esse quadro fez parte do Movimento Romântico. A pintura captura o sentimento de incerteza a respeito do futuro, mas, ao mesmo tempo a coragem de enfrentar esse futuro. É o retrato do que chamamos de "sublime".
5 comentários:
Carol
Primeiramente, agradeço a visita e as palavras de incentivo.
Quanto ao seu texto, achei sensorial. Quase é possível sentir o vento e o bater de asas. Lindo mesmo!
Bjs
Carol, concordo com a Michele. E o quadro, nossa, quanta bravura, coragem, fé.
Beijos. Lindo domingo procê.
Poema de enlevo, de sensações, de qualidade, e muita!
Adorei!
Beijo.
E mesmo com os pés cansados, caminhamos rumo ao certo incerto de uma vida contínua.
Lindo!
Muita Luz pra Ti
Carol
vc é tão inusitada, que é uma anja que não voa....
Maravilhosa, cheia de ideias que enchem meu coração de esperança.
Que lugar lindo a tua pessoa.
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