Por cima do teu corpo nu derramo olhares apaixonados. Sinto o sono da embriaguez do teu beijo no ato, te faço morada por minutos vãos. Teus dentes pressionam os lábios pequenos e inundam de amor os vários pensamentos desorganizados em minha cabeça ocupada. Meus dedos penteiam teus longos cabelos rubros como a madrugada. Dentro do quarto frio sinto o quente ar que percorre tuas curvas por entre pernas e joelhos cansados. Encantam-me os olhos que quase se fecham, incomodados pela luz da única, fraca e última vela apoiada na escrivaninha no canto esquerdo do quarto. Tua cabeça afundando o travesseiro indica o início de um fim do que eu houvera começado com um beijo. Chove uma chuva que sorri para sapos ao redor de poças no meio-fio. Tuas maçãs brilham e convidam meu corpo ao pecado de uma mordida. Desejo comer a fruta por inteiro. A noite se mostra ainda mais cansada e os pingos de chuva anunciam a chegada do dia que insiste em fechar meus olhos marejados. Adormeço embalado pelos teus olhos cansados, abrindo-se, preguiçosamente, como o sol. Durmo um sono de cheiro doce e de satisfação. O suor inunda a cama repleta de lençóis amassados por apenas dois de nós.
2 comentários:
Magnífico, como já vem sendo habitual.
Beijos
Lindo blog moça... Parabens!
http://deliriumpoetico.blogspot.com.br/
(esse é meu blog estou iniciando confere lá porfavor! Obrigado)
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