quinta-feira, 17 de março de 2011

Luz Crepuscular

Edgar Degas. Seated Woman Combing Her Hair
 1887-90
Se fecho os olhos, dois feixes de luz crepuscular vindouros me fazem enxergar um céu anil.
Um poço profundo, aos poucos, vai se alongando dentro do peito que hoje sangra, encapelado por estranhas memórias de outrora.
A solidão que me carrega para perto do sol que se põe no abismo deita em sua alcova agora sórdida.
A lua adormeceu nos braços do tempo
e o vento soprou um furacão mansinho bem dentro de mim.

Carolina Morais

5 comentários:

Michele Pupo disse...

Adorei o paradoxo "furacão mansinho".
Às vezes sinto-me assim. Um alma livre, mas equilibrada.
Lindo, lindo!

Um abraço e um polenguinho!:)

Suzana Martins disse...

De mansinho a brisa sopra em mim trazendo a lua que encanta a minha solidão, rs

Beijos

♪ Sil disse...

CarolINDA!


E eu tenho sentido esse vento mansinho...

Como se ele me avisasse que a tempestade tá passando.
Vai passar, passará!

Um beijoooo menina lindaaaaa!

Daniel Hiver disse...

Os poetas deixam fluir seus versos mesmo quando o barulho é dos grandes e não nos deixa dormir!

taio disse...

superb