quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Quero envelhecer

Carolina Morais

Quero envelhecer
Te quero mais velho
Eu sinto tua falta
Nao quero novo, de novo?
Eu quero a velhice
Eu quero beijos novos
maduros

Eu quero amar mais
E me entregar
Sendo assim
velha
e bela

Eu quero beijos novos
maduros
Eu quero você para mim
Eu quero você até amanhã de manhã
Quando o sol estiver doze horas mais velho
envelhecido de novo
eu devolvo
teu beijo novo
de novo

quinta-feira, 5 de novembro de 2009


Estou Aqui
Carolina Morais

Shhh...
Sossega em mim

Sou ombro ligado a braço longo
ligado a seios fortes...

fortes.

Shhh...
Deixa o silêncio a toa

Não fala do passado

Não sente a dor de ontem

deixa que é calma

Hoje ela é de outrem


Baixinho eu te falo

No teu ouvido cansado

"sossega em mim"
deitadinho, aqui. Sim.


Não vou rir

Vou ouvir

Não aponto

pronto!

Deita e sorri
Sossega em mim

Falar de amor?

Falar de amar!


Shhh...

Sossega em mim

por esta noite

e a próxima
e as outras...

sim!

-estou aqui.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009







Chuva
Carolina Morais

Foi cheiro de grama
Terra molhada
A saudade dos sonhos
O canto dos anjos

E a nuvenzinha
sozinha
no canto
Aguarda
com amor
O vento inebriante

E em teu seio, eu fico
sozinha
tímida
entregue ao mormaço

Deixa-me aqui
Até que chova
e que chova
em ti
a eternidade.

terça-feira, 20 de outubro de 2009



Pensa em mim


Carol Morais

Anda
Para
Corre
Respira...
Olha
tira
senta
Olha?
Olha!
Veja
Fecha
Abre
Levanta
Caminha
Descola
Passeia
Respira...
Fecha
Abre
Fecha
Abre
Pisca
Abre
Pensa
Pena
Luta
Cobre
Veste
Alimenta
Bebe
-Bebe?
Bebe!
Causa
Provoca
Casa
Casa?
Chega
Parte
Larga
Apega
Joga
Jogo?
Jogue!
Arrisca
Tenta
Falha
Luta
Abre
Fecha
Tenta
Muda
Fala
Cala
Respira...
Estuda
Trabalha
Dorme
Acorda
Alia
Tenta
Pensa
em
mim


quarta-feira, 2 de setembro de 2009


20 Minutos


Carolina Morais
Aroma de manga nova
café que derrama por ti

A garrafa aberta faz com que tudo vire sim
[sim]

De manhã
De sol
De nuvem clara no céu em cima de ti
Porque és tu meu centro
dentro de uma pintura perfeita de traços imperfeitos
mal-acabados


20 minutos e o silêncio

O barulho da torrada dentre teus dentes
brancos
como as nuvens que circundam em cima de ti

através da vidraça empoeirada

da casa esquecida
,
abandonada


E eu, paro e admiro
e não como, e tenho fome

e tenho sede de ti

traço perfeito em pintura imperfeita

Homem enigmático
...

Cala-me com um beijo

que me calo com um "sim".

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Bobas reflexões pessoais sobre Felicidade
Parte I
Carolina Morais

A Felicidade existe.
Ela está, simplesmente está em tudo o que é.

É uma notícia boa,
É um sorriso,
É matar a vontade de comer brigadeiro.

A Felicidade tem nome grande
Assusta, faz com ela pareça assim
dis tan te
de ti
Mas ela está
aípertinhodentrodoqueévocê
porque você existe
E você é

Então, se você está feliz
você É feliz
Porque a felicidade não é inquilina
Ela mora
para sempre.

Ela existe
e coexiste
E borda, e desenha
e traça traços mal-feitos para que você os refaça
E você reclama, e refaz
e, vendo o produto, Fica FELIZ
E parece assim que ela volta
para ti
pertinho
nova
mente

E você mancha a camisa favorita chupando um caju
E se machuca caindo de uma árvore que teve coragem de subir
E você se arrepende por não ter gritado com aquele que trancou o cruzamento
E, no momento, só no momento
Não se sente Feliz
Mas a felicidade sempre esteve ali
na coragem que você teve em fazer as coisas que achava que não faria

Por simplesmente, arriscar.
Ser Feliz, é:
Ter a certeza de que a Felicidade está sempre ali
pertinho
do ladinho do coração, dentro da mão e entre os teus cílios.

Ela habita, para sempre, e, mesmo que você queira que ela saia de ti,
não, não tem jeito. Ela não sai, é como pele, e é como pêlo e poeira na roupa.
Felicidade é assim...
Para sempre e reticências e tudo mais.

Entender a Felicidade, é vivê-la e aceitá-la...
Viver a Felicidade é entendê-la e aceitá-la...
Aceitar a Felicidade é vivê-la e entendê-la!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Nouveau de Pântano

Carolina Morais

Águas turvas

Banham os frágeis ossos

Dourados

A doce carne atravessam

Esquece-me Deus

Nouveau de pântano


Entre a relva

Descansa a derme

Que sangra a saudade

Ao prazer da dor

Que se esvai

Em vão


Arte insone

Cegueira temporária

Finzinho de tudo

Horizonte curvilíneo

Tímida morbidez

Do presente


Cansaço

Dos adolescentes

Das memórias fragmentadas

Jaz atividade interminável

Do ser em mim


Cidade envelhecida

Tarde que não passa

Chinelos gastos

Esquecidos pelos cantos

Do asfalto úmido

Trazem a verdade

Inútil

Do ser

Em mim.


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Delírios



Carol Morais


No limite encontro-me

Entre o desejo e o delírio

Já não durmo

Já não me foco no ser

Só há sentir

Desejo desmedido

Ânsia de corpo

Calor que não passa

O corpo que transfere alma

Já não sou o Ser

Insone

Delírio da carne

Branda em volúpia

Molha-me a aura

De Ser de outrem

Só sinto o que há

Aliste-se em mim

A noite refaz pensamento

Por momentos passados que virão

Por alvas passas de prazer

Por mornos lençóis limpos

Nunca usados

E intocáveis por quem há, um dia,

De sentir decadente dia

Morrendo pela boca da noite

Entrego-me ao sentir

Transbordo de prazer

Apenas prazer

Veneno correndo em gotas minhas

Já não sou o Ser

Insone em mim

E no vazio da madrugada

Vem teu breu banhar-me o corpo

Arranca-me a fina seda

Carrega-me por completo

Para a semente de ti

Não há pecado

Nem quimera de desalento

A solidão busca no Ser

Da mente profana

Imagem de vento

Daquele desejo

E sentir dentro de mim

Profundamente

Insonemente

Por um instante

Delírios

E você.

domingo, 14 de junho de 2009

Memórias Sentimentais de João Miramar

Postarei aqui, uma crítica desta pseudo-escritora que vos fala, sobre uma das maiores obras de nossa literatura.Espero que gostem!

O projeto modernista brasileiro do primeiro momento encontrava-se imerso em uma sociedade, mais especificamente de uma São Paulo muito movimentada, de grandes prédios, de muita agitação. O escritor Oswald de Andrade, ao escrever Memórias Sentimentais de João Miramar inova a literatura, pois, através de uma nova linguagem, desautomatiza o leitor, faz com que sua literatura cause o estranhamento e leve o leitor a pensar mais do que somente receber informações que se encontram escritas no texto. O autor leva o leitor a pensar mais, pois este agora deve "decifrar" a linguagem do livro que é quase telegráfica, enigmática. Oswald de Andrade utiliza-se de termos principais, sem ter a preocupação em descrevê-los. Deixa, então, essa tarefa para o leitor. Cabe ao leitor a criação de imagens sobre os acontecimentos com a personagem principal.

Os capítulos são curtos, mas todos apresentam uma "ação pincipal", sendo esta um acontecimento da vida da personagem que não deixa margens à ambiguidades quanto sua interpretação. O leque de possibilidades interpretativas ocorre, porém, quanto à descrição do momento, ou melhor, dos pormenores que constituem as memórias da personagem. Esses pormenores são colocados na obra de maneira enigmática, daí a possibilidade de várias interpretações, de, dependenderão da visão e da experiência de mundo do leitor.

Obra inovadora em muitos aspectos, Memórias Sentimentais de João Miramar se destaca também por apresentar uma nova linguagem e uma nova língua. A mistura de idiomas, os neologismos, todos são elementos de vanguarda que caracterizam a obra como Moderna. Oswald de Andrade utiliza-se de diversos recursos literários como sinestesias, aliterações, hipérbatos etc.

Constrói toda uma estrutura de linguagem totalmente aversa à norma culta padrão da Língua portuguesa. Seja talvez por isso que se encontre tanta dificuldade na leitura e entendimento da obra, que, em si mesma, não passa de ordinárias memórias fragmentárias de uma personagem, que conta sobre sua vida fútil, burguesa, sobre suas viagens, casamento etc. Observamos também que a obra é uma crítica à burguesia e, sobretudo, à literatura burguesa, sempre provida de linguagem erudita e estilo impecável dentro do cânone literário.

A obra revolucionou o cenário literário brasileiro, onde, pela primeira vez, o Brasil passa a ser descrito pela figura do brasileiro.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Oratório




Carolina Morais

Banha a alma

Com benta água

Turva o pecado

Entre os mofos

Da madeira

Sacristia infundada

A cruz elevada ao fim

Traças que hão de comê-la

No eterno pesar de duras penas

Negras

Raio discreto

Surge do vitral incompleto

Peças do passado

Condene a batina

Enfim

Luz sombria

Guarda ave-marias

Robustas e opacas

No gesso que um dia

Rachará levemente

No

Eterno

De

ti

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Arbustos


Carolina Morais



Fica ali
A doçura branda
Da moça que corre
No asfalto frio

Percorre
O caminho úmido
O vestido verde-oliva
O traje já gasto
Pelo inimigo tempo


Perfume
Universal
Entre arbustos
Poda o caminho inseguro
Na meia-luz de sua lua nova


Soltas ao vento
As ondas dos cachos
Macios
Enovelados no infinito
Tocam
O
Céu.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

...

Vento Noturno


Carol Morais

Abre a porta

Deixe que eu entre como a luz da lua

A noite é verve

Visto-me de céu

A palavra é dita repetidas vezes

De formas diferentes

Ouço-te

Fraciono tempo

Recorto as partes que senti jogadas no chão

Da sala

Entre a luz da lua

Que me faz sentir

Imersa em pensamentos doces

E inúteis

É como o ar frio e gélido

...E fatal

Daquela que teme o afável

E ama a noite...

É como o ar frio e gélido

...E fatal

Da morte.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Alento de quimera

Carolina Morais






Quiuí maduro
Suco amargo
Na boca do menino
Que chora
Já moço

-Mãe, quero ter
Colo teu.
Esquece! alent´ele
Sou forte
Sobreviverei

Fuga inútil
O berço quebrado
Madeira-de-lei
Brasil afortunado
E por tudo ele
Quer
Brado.

Desilusão do pequeno
Um dia pensou
Ser grande
Ser alguém
Sobra para ele
Sobriedade, talvez

-Não (,) desisto
Fortuito desejo
Vitória distante
Quimera de militante
Perdida no vazio
Da luta dos que um dia
Amaram
por simplesmente
Amar



quarta-feira, 3 de junho de 2009

Para Você

Carolina Morais

Encontrei em você
Algo que não encontrava
em nada

Ao meu redor via
em tudo
um vazio sem tamanho
desmedido

Não foi falta de algo
Não foi carência de humano
Não foi problema de Ser

Foi um sem-você
Foi um sem-motivo
Foi uma tristeza

E um dia a gente saiu
Se viu
Conversou
Da conversa veio
aproximação
e dela
um beijo
doce
com gosto de você

E no dia seguinte
Houve um rever
Mais que isso
Um reviver
de você e de mim

Foi beijo sentido
pelo coração
Foi abraço de abraços
de braço seu
e meu

Seu perfume ficou
A vontade ficou
O beijo ficou
Sua face ficou
em mim

Um pedido apaixonado
Uma situação formalizada
Nomeamos apenas
o que já sentíamos
por dois beijos
por troca de olhares
pelo niilismo feliz de uma sexta primeira

E a chuva
chovendo em mim
Chorava gotas de céu
E estrelinhas sorriam
no breu de fim
piscando
para mim e você

O amor entrou
instalou
acomodou
Tomou conta de tudo que era meu
E eu
Enfim
Por fim
Descobri o sentido
do que é o amor

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Herói dos Helenos

Carolina Morais

Estrelas de vento
Eis-me aqui
Herói do Helenos
Peito aberto
à espera da espada
de prata de outrem

Trago comigo o orgulho
o sentido sublime
A vida que se vai
esvai-se com o tempo

Finco pé na beira do abismo
E sinto o vento na pele descoberta
o que sobra da armadura de ferrugem
é o vento que dá vida à minha estrela
solitária no céu açucarado

Lembro-me do que não vivi
A saudade carcome os últimos momentos comigo mesmo
A lágrima de sal
desce e arde e escorre
levemente
pelas rugas das maçãs
do rosto meu
que aos poucos formam atrito
com meu passado
Eu?
-Já não mais sou completo!

Estrelas de vento
Eis-me aqui
Heróis dos Helenos
Fecho-me sozinho, dentro de quartos-de-pedra

Sufocado sinto-me hoje
Combustão de sentimentos
Guardados por recursos finitos
engavetados no sol de meio-dia

Sou eterno
Ontem
Estou guardado no vão de estrelas
de brisa
de mar
de maresia nebulosa
de ar impuro

Traga-me à cena da vida
Mostre-me o eterno
o vão deste abismo que hoje abriga
o ser selvagem
A saudade denuncia o pesar de minha fraqueza

Ponto fraco é coração
bate sem forças, sem esperanças
Não vê futuro no breu do meu abismo colorido
coloridinho
pelo poeta de armadura

Vejo hoje apenas o brilho discreto
que emana de minhas estrelas de vento
Estive aqui
Esqueça
Devaneios de um herói
Herói dos Helenos.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

domingo, 17 de maio de 2009

...



Carolina Morais

Apalpar o que se t(r)oca

Com a alma de menino

Doce, perdido

No vão de idéias tolas

Infinito de luz

Memória machucada pelo tempo

Há de vir perfumar

O ambiente carente de pensamentos

Felizes...

Canções de amores perdidos

Loucura andarilha em plasma-cor

Ventos gélidos percorrem

A novíssima derme

De poros dilatados

Pêlos em riste

Eriçados

Choram pelo bafo escuro

Não há a falta

Comedida

Não há o excesso

Profundo

Não há proteção

Que não seja

Desigual

Da fogueira

Tem-se o pouco de claro

Um pouco de tudo

Que não é vivo

Perde-se agora (ou depois)

A esperança profunda

Em desconforto

E o menino anda

E o menino vive

E o menino se esconde

Só.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Passadismos

 

Carolina Morais

 

Fecho de luz

Inebria sóbrio pensamento nulo

Invasão do cárcere teu

Ligação eterna do passado

 

Tosse de pedras soltas

Ventos turvos no tempo

Gotas transparentes murmuram

O desgosto atrevido da vida

 

Homem de dedos cortados

Punhos rasgados da labuta recente

Opressão da miséria que funda

Devaneio perdido na memória

 

Uma canção distante

Chora o menino já moço

Relembra a infância inexistente

Passadismos...Passadismos

 

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Entendendo a Física Quântica....


Achei muito interessante postar aqui algo sobre essa ciência que me fascina...Com ela, finalmente podemos entender a polêmica acerca das dimensões de tempo e espaço,pois ela trabalha com as menore das partículas já descobertas.

Sabe aquele sonho de teletransporte?A idéia surge daí; desagrupar os menores constituintes da matéria, desalojando-os no tempo/espaço, deslocando-os para outro lugar, reconstituindo as moléculas, causando o teletransporte!

Espero que leiam com carinho, vale a pena!


A Física Quântica surgiu como a tentativa de explicar a natureza naquilo que ela tem de menor: os constituintes básicos da matéria e tudo que possa ter um tamanho igual ou menor. Neste colóquio serão apresentados alguns princípios e leis fundamentais encontrados através da Física Quântica, tais como a dualidade onda-partícula e o Princípio da Incerteza. Será; então, discutido o modo como essas leis que governam o universo subatômico podem se refletir no dia-a-dia das pessoas.

É uma parte da física que se diz ser não intuitiva. Isso significa que muitas partes dela parecem não ser verdade. Por exemplo, a dualidade onda-partícula diz que partículas se comportam ora como partículas ora como ondas. É uma afirmação no mínimo estranha, bizarra. Mas é o que acontece no mundo real. No nosso dia-a-dia achamos que vivemos num planeta plano, mas não é verdade, nosso mundo é arredondado, num formato chamado esferóide.

Por ser não intuitiva, ela foi considerada uma falsa teoria. O próprio Einstein (que foi um dos fundadores da física quântica) acreditava que a física quântica estava errada. Mas com o passar do tempo percebeu-se que ela explicava tão bem o resultado das experiências, que tinha de ser verdade.

Nosso dia ocorre numa escala dita macroscópica. São os objetos que podemos enxergar sem a ajuda de lentes ou microscópios atômicos. A física quântica lida com coisas muito, tremendamente pequenas. Muitíssimo menores que um milímetro.

O mundo em que vivemos é feito de átomos. Os átomos são feitos de coisas ainda menores chamadas quarks e elétrons. Ainda não sabemos se os quarks são feitos de coisas ainda menores. Os átomos, elétrons , quarks e outra coisa tão pequena que ainda não sabemos muitas coisas, chamado fóton, tem comportamentos bizarros de vez em quando: nunca podemos saber exatamente onde estão. Não é por falta de instrumentos potentes, é uma lei da física, chamado princípio da incerteza de Heinsenberg, que diz que nunca saberemos a exata posição das coisas. Nunca saberemos onde os elétrons de um átomo estão exatamente. Nunca. É algo estranhíssimo, mas é a verdade. Há elétrons que inclusive somem de um lugar e reaparecem em outro, algo como um teletransporte. Não dá para ver que caminho seguiram para ir de um lugar a outro, só sabemos que eles fazem isso.

Já citei a dualidade onda-partícula. No mundo que vivemos, ondas são muito diferentes de objetos. Porém se tivéssemos o tamanho de átomos, tudo se comportaria como uma onda de vez em quando e como partícula outras vezes. Essa foi uma das consequências mais bizarras da física quântica.

Há átomos, como o de Urânio, que do nada explodem. Nunca sabemos que átomos vão explodir, ou quando, só sabemos que alguns vão e outros não. Aparentemente, nada faz eles explodirem, mas eles explodem. Irritou tanto a Einstein que ele disse sua famosa frase "Deus não joga dados".

sábado, 9 de maio de 2009


Amor Clichê

Carolina Morais

 

 

Marca-se aqui sintoma ébrio de felicidade por, finalmente, sentir o amor.

Um amor de aparência dos amores incomuns, recobertos por doses infundadas de paixão avassaladora, desses das cartas, dos perfumes, das lembranças, das memórias eternas.

Clichê.

Presa nas mais puras garras daquilo que chamamos de Amor. Uma saudade eterna, que nasce pertinho do coração da gente. Um amor que, por ser amor, invade os pensamentos e transforma tudo em um sentimento de entrega.

Presa fácil para um outro alguém, que não mais sendo o outro, é parte do que chamava EU.

Furacão brando que varre as entranhas do ser dos que amam. Liquida a razão do amado.

Consciência de amizade. Cúmplices secretos. União que ultrapassa os limites do ser. Ligação eterna enquanto existente. Latência de sentimentos incompreendidos.

A busca incessante pela compreensão de tudo que acontece dentro da gente.

Inútil.

O Medo, o frio, o calor. Borboletas? -Não! Digo-vos que hão de haver milhares de verdes libélulas nos estômagos dos amantes que, sem recusa imediata, amam.

Ouvem-se sinos? –Não! Defino o som de batidas loucas que vibram na acústica da alma, entre os corpos quentes, sinfonia angustiada que se dá com todos os nervos unidos, dentro de um organismo imerso em Vida.

Futilidades.

Bobagens essenciais que necessitam prolação. Ato de escuta rebatido por falas, promessas e sentimentos acordados dentro do peito aberto.

Palavras fáceis, canções de vermelho-sangue-de-quem-ama.

Doces açucarados, sede de querer água de boca-paixão. Quimera inalcançável.

Confusão.

Sim, ao clichê que se diz, refaço palavras não feitas (ainda) construindo novo sentido plural...

Estou amando.

domingo, 3 de maio de 2009

Felicidade: sentimento coletivo

Amadurecer parece difícil quando se torna um objetivo. Fato. Amadurecimento é mais do que crescer, ou mais do que ver que há um crescimento. É difícil dizer se crescemos, se ainda somos crianças. É difícil.Tudo é difícil, por que, simplesmente, nós tentamos definir tudo o que fazemos, sentimos e vivemos. Sim, é preciso ter provas: provas de conhecimento, sabedoria, experiência, amor. Assim funciona o ser humano.

Do todo, utilizamos apenas 7% do nosso cérebro(e, sinceramente, hoje não vejo mais a necessidade de querer utilizar mais). Dos 7%, preocupamo-nos em descrever. Descrever, descrever, descrever.
Descrever o funcionamento das coisas, das pessoas...

Um dia eu li, não sei onde, que " os seres humanos são tão criativos que, quando não têm problemas, eles os inventam". E é verdade, estamos sempre procurando obstáculos para superá-los. Virou ato de covardia fugir de obstáculos. Diante disso tudo, eu vos digo: eu quero mais é viver e ser feliz! Eu sou responsável por muitas coisas, principalmente pela vida que eu vivo. Eu escolho o que me faz feliz, e muitas vezes sou escolhida também.



Ser feliz na medida certa, construindo um futuro, mas não esquecendo do meu presente. Viver cada dia, cada hora e cada minuto da minha vida como se fossem os últimos, virou uma filosofia para mim. Não que eu saia por aí fazendo tudo que eu nunca tenha feito, com medo de nunca fazer, mas sim de montar filmes da minha vida, da minha história, que ficarão armazenados nos meus 7% de uso do cérebro.

Então...agora eu só quero ser feliz! =) Eu tenho tudo o que eu preciso, conquistei tudo o que quis conquistar.

1 de Maio, definitivamente, fez-me mais feliz.

:)

ps: A partir do próximo post, literatura clássica, yeees! ;) É que achei que seria covardia não compartilhar tamanha felicidade, afinal, para mim, felicidade é sentimento coletivo!

Vamoo que vamooo mengooooo! ;**

Beijo pro meu botafoguense ;@