sábado, 3 de julho de 2010

Nosso Poema





Chuva que volta para o céu
mansa, menina, em cima de mim
E eu ali, no infinito
Perdida, catando meus pensamentos
soltos, doidos, desconexos
Esperei...

Esperei
constrangida
o traçado da chuva
esperando o estio,
dispersando os meus sonhos
pelas planícies delicadas
como lebre enlouquecida...

O que de mim se esvaía                 
evaporava facilmente
me vi lá cinzenta
condensada no alto

Esperei...
O que de mim saia,
o que de mim explodia,
No infinito que me sorvia..
Que de mim, me achava vazia.
Mas que mesmo assim,
conservaria...

Gotas na minha pele
Suavizando a textura do meu prazer

Esperei...
como quem espera o tempo
suave, sem pressa
olhando a chuva triste
lavar meu lamento
as gotas que caem
sou eu que me escapo
e me desfaço
em palavras ao vento

Esperei...
o amor aconchegar em mim

E o amor,
singelo.
Por este motivo,
mais belo,
pousou em meu nariz.
E de repente,
nem chuva.
Nem orvalho.
Tudo era imaginário.
Quero a realidade
trovejada pelo porvir...

8 comentários:

Patrícia Gonçalves disse...

Parabéns Carol!!!!

Ficou lindo, lindo! Terminou hiper legal, parabéns pela empreitada e muita obrigada!!!!!

beijo grande

Anônimo disse...

=)

Unknown disse...

Carol, c disse uma verdade, vc tá uma lebre!

Querida, que poema londo, com toques da carol rtomântica e da Carol que quer a vida bem vivida, não em sonho.
Tá muito lindo!

A.S. disse...

Carol...
Acho que será interessante repetir a experiência!...


BeijO
AL

Anônimo disse...

Olá, desculpe invadir seu espaço assim sem avisar. Meu nome é Fabrício e cheguei até vc através do "Entre Aspas". Bom, tanta ousadia minha é para convidar vc pra seguir meu blog Narroterapia. Sabe como é, né? Quem escreve precisa de outro alguém do outro lado. Além disso, sinceramente gostei do seu comentário e do comentário de outras pessoas. Estou me aprimorando, e com os comentários sinceros posso me nortear melhor. Divulgar não é tb nenhuma heresia, haja vista que no meio literário isso faz diferença na distribuição de um livro. Muitos autores divulgam seu trabalho até na televisão. Escrever é possível, divulgar é preciso! (rs) Dei uma linda no seu texto, vou continuar passando por aqui...rs



Narroterapia:

Uma terapia pra quem gosta de escrever. Assim é a narroterapia. São narrativas de fatos e sentimentos. Palavras sem nome, tímidas, nunca saíram de dentro, sempre morreram na garganta. Palavras com almas de puta que pelo menos enrubescem como as prostitutas de Doistoéviski, certamente um alívio para o pensamento, o mais arisco dos animais.


Espero que vc aceite meu convite e siga meu blog, será um prazer ver seu rosto ali.


Abraços

http://narroterapia.blogspot.com/

Anônimo disse...

Ficou lindo, Carol. Parabéns pela iniciativa.

Beijos.

♪ Sil disse...

Carol, ameiiiiiiiiiiiiiiiii.

To emocionadaaaaaaaa aqui!!

Ô minha linda, te adoro tanto sabia???

Um abraço grande!!

~*Rebeca*~ disse...

Carol,

Ficou MASSA! Quanta sensibilidade...

*-*

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Alexa Meade pinta pessoas e objetos de uma forma real e transformada. Para entender melhor, só vendo e depois diga se não é uma coisa diferente de tudo aquilo que você já viu.

'Ao invés de pintar um quadro de representação em uma tela plana, Meade pinta a imagem de sua representação diretamente em cima de seus súditos tridimensional. O tema e sua representação se tornam uma mesma coisa. Essencialmente, sua arte imita a vida em cima da vida.'

Espero que goste:

http://www.flickr.com/photos/alexameade

Beijo imenso, menina linda.

~*Rebeca*~

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